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Com desculpas nos sabotamos

Com desculpas nos sabotamos

O nosso cérebro é exímio em arranjar desculpas para tudo e mais alguma coisa. Ao tentar manter-se na sua zona de conforto e, assim, gastar o mínimo de energia possível, dispara desculpas nas mais variadas situações para nos dar um (alegadamente) bom motivo para não sairmos dela.

Por exemplo, quando o despertador toca, começam a desfilar na nossa mente inúmeras razões para adiarmos “só mais cinco minutos” o momento de nos levantarmos: “está tão quentinho aqui…”, “se eu não tomar o pequeno-almoço, posso dormir mais 10 minutos”, “dormi tão mal esta noite, mereço ficar na cama mais um bocadinho”… O mesmo acontece quando se trata de comer mais do que deveríamos ou “furar” a dieta, fumar mais um cigarro, gastar mais dinheiro do que o suposto, entre muitas outras situações: ou porque tivemos um dia stressante, ou porque estamos a atravessar uma fase difícil, ou porque nos portámos tão bem nos últimos tempos, que já merecemos um pequeno prazer e não precisamos ser assim tão rígidos connosco mesmos. Soa familiar? E se é verdade que, de facto, dar-nos um desconto de vez em quando não será trágico, o problema coloca-se quando não nos apercebemos que estamos a fazê-lo com mais frequência do que seria suposto ou estamos até a arranjar uma desculpa esfarrapada para não atingirmos os nossos objectivos. E quanto mais importante for o assunto, mais premente se torna ganhar consciência da situação.

Outra desculpa muito frequente é o clássico “Não tenho tempo”. Sim, de facto, há vidas mais agitadas e preenchidas do que outras, muitas vezes cheias de responsabilidades inadiáveis e intransmissíveis. Mas quantas vezes não serve essa desculpa para nos ilibarmos – até perante nós mesmos – de irmos mais longe, de sermos melhores? Quantas vezes não se trata de má gestão do tempo, de preguiça ou até mesmo de, no fundo, não querermos fazer alguma coisa, mesmo achando que devíamos? Por vezes, trata-se até de nos sentirmos inseguros de que sejamos capazes de levar a cabo determinada tarefa e, ao não tentarmos, garantimos que não iremos falhar.

E quando se trata de relacionamentos e afirmamos que “não estou a fazer isto por ele, é por mim, eu quero mesmo fazer isto” ou “ela não me controla, eu é que escolho estar com ela em vez de estar com os meus amigos”, para dar alguns exemplos? Até que ponto não estamos a mentir a nós mesmos para evitar ver que estamos a agir de modo contrário ao que deveríamos, para nosso bem, porque nos sentimos confortáveis numa situação que nos é familiar e a mudança nos assusta?

Sempre que cedemos a cada uma destas desculpas, por mais ou menos relevantes que sejam, acabamos por sentir arrependimento, culpa, insatisfação, frustração e por nos considerarmos fracos, especialmente quando é uma situação recorrente. É preciso ver as coisas como elas são, verdadeiramente, e não como gostaríamos que fossem, sob pena de termos um choque ao despertar para a realidade, quando esta se tornar demasiado óbvia para podermos continuar a ignorá-la.

Sejamos honestos: estamos a reduzir a nossa rigidez ou estamos, afinal, a tornar-nos demasiado permissivos com a nossa preguiça? Temos desculpas válidas para não fazer o que é bom para nós ou são apenas escapes, desvios? E essas desculpas são dirigidas aos outros ou, em primeiro lugar, a nós mesmos, para nos darmos autorização para falhar? Estamos, com certeza, a afastar-nos dos nossos objectivos, pelo que é necessário foco no que é realmente importante para nós e reunir forças para nos mantermos fiéis à nossa determinação, um passo de cada vez, sem criarmos ansiedade por chegar à meta, que pode estar ainda bem distante.

Patricia Dias

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