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Estar Centrado

Estar Centrado

Para vivermos uma vida mais plena e com mais consciência, é essencial estarmos centrados. Mas o que significa isto, afinal? Significa estarmos ancorados no nosso ponto central, na nossa essência, aquilo que realmente nos define enquanto SER.

Eu imagino e sinto esse ponto central como sendo uma área no centro do peito, no chakra cardíaco, onde arde uma chama, que é a nossa essência mais pura, que ora está mais forte, ora mais fraca, consoante estamos mais ou menos sintonizados com ela e, consequentemente, com mais ou menos energia. É como se esse espaço se tratasse de uma torre de controlo ou um farol. Daí, vemos tudo ao nosso redor, em 360º, o que é benéfico por nos permitir a visão do todo, portanto não fragmentada, daquilo que somos, da vida em que nos inserimos e, num nível ainda mais amplo, de toda a existência – de tudo o que é. Permite-nos um certo distanciamento que nos ajuda a agir com maior clareza e consciência.

Chegar a esse espaço não é uma tarefa simples – ou antes, é, mas há que descobrir o caminho para lá chegar. Uma via é a meditação ou, simplificando, o silêncio (aquele que teimamos em não estabelecer na nossa mente e que é o principal, pois que o ruído externo pode ele próprio ser objecto de meditação), sendo que a primeira pode ser uma de várias técnicas e, o segundo, é uma condição fundamental para a nossa ancoragem, levando-nos a um estado de apaziguamento e tranquilidade, por oposição à agitação e à (pre)ocupação. (Esta é a sugestão que faço, como porta de entrada, de acordo com a minha experiência pessoal, embora obviamente existam outras). Permitirmo-nos não “fazer nada” e simplesmente sentirmos o nosso corpo, relaxando-o, focarmo-nos na nossa respiração, prestar atenção às nossas emoções e à sua manifestação no corpo, observarmos os nossos pensamentos, deixando-os fluir livremente, são alguns dos passos para alcançar este espaço do coração e, consequentemente, atingirmos um estado de quietude, de SER, em que tudo encaixa, tudo faz sentido e tudo está bem. Em que o nevoeiro se dissipa na nossa mente irrequieta e conseguimos ver mais longe, com mais clareza. É um estado que só quem experimenta compreende, pois é difícil traduzir em palavras e, daí, convertê-las em sensação. 

A dificuldade é pilotar a nossa vida, constantemente, a partir do nosso centro: podem surgir eventos na nossa vida que nos retirem o controlo, que abalem as nossas fundações, que nos puxem para certas aprendizagens que exigem tanto de nós que perdemos o equilíbrio. Aí, pendemos mais para uma ou várias extremidades, de forma intercalada, e passamos a ver tudo com o filtro que aí tenhamos colocado, enviesando a nossa perspectiva sobre qualquer que seja o objecto da nossa atenção. 

Ao redor do nosso centro, (segundo eu o imagino), há um espaço que nos possibilita o tal distanciamento e, fora dele, estão os papéis sociais que representamos, os arquétipos com os quais nos identificamos, alicerçados nas nossas crenças, constituindo as nossas máscaras, as nossas defesas. Estas tiveram a sua génese em feridas emocionais, possivelmente da infância, que nos condicionam a reagir de determinada forma em situações recorrentes (padrões de comportamento). Ou seja, a partir de uma determinada situação ou acontecimento, ficámos marcados por uma mágoa, uma dor, um trauma, que nos vai levar a reagir da mesma maneira perante determinada situação, sempre que esta (ou outra equivalente na forma como a sentimos) se repita.

Assim, quando agimos a partir das nossas máscaras, agimos a partir da dor, com raíz no medo, vendo a realidade através de um qualquer filtro (raiva, ódio, medo, insegurança, tristeza), que a experiência de vida nos ensinou a usar nessas situações, porque alegadamente nos defenderia da dor. Logo, estaremos na verdade a reagir, ao invés de tomar uma atitude ponderada, consciente, justa, lógica e coerente. E como há um afunilamento na nossa visão, perdemos noção do contexto, do todo que somos e em que nos inserimos, daí reagirmos, cegamente.

No entanto, quando agimos a partir do nosso centro (essência), somos capazes de ver tudo e todos com compaixão, sentimos amor por tudo o que é, conseguindo ver beleza em todo o lado, mesmo nos recantos que possam parecer mais feios ou indignos, e somos inundados por um sentimento de alegria plena pelo facto de simplesmente estarmos vivos e termos a oportunidade maravilhosa de experienciar esta grande aventura que é viver.

E se nós perdemos, por vezes (mais do que gostaríamos, certamente) o equilíbrio, é bom lembrarmo-nos que somos todos espelhos uns dos outros: todos passamos por dificuldades semelhantes, temos medos e inseguranças semelhantes, pelo que também os outros serão gratos que os tratemos como nós próprios gostaríamos de ser tratados – com compaixão e amor. Se alguém nos desagrada ou magoa, de alguma forma, é porque ou está a tocar num ponto sensível em nós (ferida emocional) ou está ela própria a agir a partir do seu sofrimento. De outra forma, todos seríamos apenas amor.

Patrícia Dias 

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